domingo, 17 de dezembro de 2006

Capitulo II (F)

A água do Atlântico parecia fria devido ás temperaturas que se faziam sentir cá fora. Num mergulho alimentado pela nova energia deste encontro, penetrei as ondas como uma espada e em fortes braçadas distanciei-me da margem. Sempre fora uma exímia nadadora, e os treinos semanais ajudavam-me a manter o corpo em óptima forma. Lancei o olhar à praia e reparei que o João de tempos a tempos entrava numa onda de "voyeur" para me observar. Senti-me uma verdadeira musa.
Quando pasei a zona de rebentação e psiava a areia em busca de suporte, procurei a minha toalha e eis que reparo num jovem bem parecido de porte atlético debruçado sobre a minha bolsa:
- Ladrão, ajudem-me! - as palavras sairam instantaneamente, talvez devido á quantiddae de roubos a que já estava habituada na cidade do Porto
O João, reagindo à minha voz como se fosse a de um mestre, imediatamentecaiu no encalço do larápio, juntamente com os seus três amigos. Juntei-me à perseguição.
O rapaz saiu disparado da praia e virou á direita em direcção a Colares. Apesar da sua agilidade e velocidade, todos aqueles que o perseguiam incluindo eu não ficávamos atrás e, não sei se pelo efeito de grupo ou pelo desejo iminente de alcançar algo, íamos encurtando a distância que nos separava.
Ao chegar ao estacionamento da Piscina da Praia das Maçãs um dos amigos do João, num gesto preciso e calculado, passou uma rasteira ao fugitivo que imediatamente perdeu o equilibrio, deslizando no alcatrão.
Ficou com um aspecto lastimável, o peito escorria sangue e exibia profundos arranhões, tal como as mãos e os joelhos. Por sorte a cara fora poupada, mas por pouco tempo. Imediatamente outro dos amigos do João, num ímpeto de fúria aplicou-le uma valente murro.
Aiiii! Porra! - o gemido ecoou pelas redondezas e as pessoas começaram a voltar-s e na nossa direcção.
Agora compreendi poqrue conseguimos alcançá-lo: dum saco habilmente laborado para ser colocado como uma mochila à frente do peito, saltaram inúmeras bolsas, telemóveis, carteiras...
Cabrão de gatuno - reprimiu o João e preparou-se para lhe aplicar uma nova sentença mas eu interromi-o.
- Vamos entregá-lo às autoridades - disse eu, e comecei a procurar a minha bolsa de modo a evitar ter que passar o resto do dia na GNR só para reaver o que é meu. Enquanto procurava, uma outra carteira que já me era familiar surgiu diante dos meus olhos. Um rolex genuino, como o que o meu patrão ostentava msatrava as horas: 12.23

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